domingo, 28 de abril de 2013

#54


EM BRASÍLIA 19:00 HORAS


É aqui que se rouba de cara limpa?

Não precisa de maquiagem

Nem de mascará

E muito menos de arma

É só me ver um terno

E não preciso demais nada

Porque aqui

O ladrão é o mais bem vestido



Marcos P. S. Fachin


sábado, 16 de fevereiro de 2013

#53


A noite cinzenta

com luzes indo

 de um lado ao outro

são elas que nos carregam

Que transportam nossa alma

Estrelas 

Que ficam penduradas

São sonhos

 Jogados em nossa mente

O algodão agora

 Não é mais branco

É tingindo quando

 Dormimos e não sonhamos

Porque as estrelas refletem

 Fora de foco em nossos olhos.




Marcos P. S. Fachin


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

#52




CUIDADO COM O TEMPO

Como passa rápido hein?! Poderia ser do jeito que gostaríamos, mas todos nós sabemos que isso não acontece. Vamos nos pegar imaginando isso, tudo é como queremos, que tudo o que foi planejado deu certo. Seria maravilha!

E quando você lembra algo que foi há sei lá tantos anos, parece que isso aconteceu ontem, aquela sensação de nostalgia e quando vamos dormir caímos na realidade poxa, aquele segundos de tristeza. O passado sai de nossas mãos assim como construiremos o futuro.

Família poderia ser modificada por casa, lar e onde se sente bem.  Isso é básico, com ela pode ir a qualquer lugar, nós somos o que somos pelos pais que temos que fez das tripas coração e deu àquela cama quentinha, comida na mesa e o teto sobre nossas cabeças para chegar aonde chegou.  Parece que damos valor só quando perdemos, nós perdemos para sobreviver. Mas enquanto o tempo ainda é tempo, ainda temos peito para lutar.

Marcos P.S. Fachin






sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

#51


DENTRO/FORA

Naquelas idas e vindas

Tantos assuntos

Tantas pessoas

O elevador nunca para

As revistas são folheadas

Com o café para tirar a preguiça

Uns dormem escorados

Outros nas camas

Uns em cadeiras

Enquanto aqueles outros

Fumam do lado de fora

Vendo o mundo girar

Na velocidade de cada um


Marcos P. S. Fachin

terça-feira, 16 de outubro de 2012

#50


O TEMPO PODE MUDAR SUAS LEMBRANÇAS?

Foi incrível. Não me lembro a ultima vez que tinha nos visto, éramos tão crianças. Preciso parar e forçar um pouco pra lembrar o que foi vivido.

Era tudo tão inocente, puro, estranho transcrever em palavras, se fosse possível poderíamos voltar no tempo e viver tudo aquilo novamente. O que acha?! Percebi que o tempo pode apagar qualquer coisa há menos que você queira. A escolha é nossa.

 Não importa o quanto você mudou, o quanto eu mudei, as lembranças não vão se apagar. Há quanto tempo eu não te via? Não sei mesmo, mas tive que passar por isso pra nos reencontrarmos e relembrar aquilo que, de certa forma iremos carregar durante a vida.

Mas o tempo nos faz o favor de crescermos, esquecermos o passado, viver sempre o presente e seguir em frente, responsabilidades, buscando carreira profissional, ser o que um dia nossos pais sonharam. Mas a vida volta e meia nos faz lembrar novamente, do que foi vivido e quando acontece isso, dá aquela sensação de aperto no coração e relembrar de onde viemos, do que vivíamos.



Marcos P. S. Fachin

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

#49

O álbum que começa com ''parece cocaína  mas é só tristeza, talvez tua cidade muitos temores nascem do cansaço e da solidão. Descompasso e desperdício, herdeiros são agora da virtude que perdemos''

Se fiquei esperando meu amor passar
Já me basta que então, eu não sabia
Amar e me via perdido e vivendo em erro
Sem querer me machucar de novo
Por culpa do amor
Mas você e eu podemos namorar.
E era simples: ficamos fortes.
Quando se aprende a amar
O mundo passa a ser seu
Quando se aprende a amar
O mundo passa a ser seu
Sei rimar romã com travesseiro
Quero a minha nação soberana
Com espaço, nobreza e descanso.
Se fiquei esperando meu amor passar
Já me basta que estava então longe de sereno
E fiquei tanto tempo duvidando de mim
Por fazer amor fazer sentido.
Começo a ficar livre
Espero. Acho que sim.
De olhos fechados não me vejo e,
Você sorriu pra mim
"Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Dai-nos a paz."





VIVIAN

Eram 11h45min da manhã, de uma sexta-feira, a aula já havia terminado, mas eu deveria cumprir horários, foi o que o coordenador do curso disse.

-Professora Vivian seja pontual com seus horários, isso é o primeiro passo para uma boa carreira dentro deste departamento.

 Eu Estava totalmente entediada, os alunos não ajudavam em nada, estavam falando entre si de se encontrarem mais tarde para beber e comemorar o fim das provas e eu lá lutando contra os ponteiros. Só queria saber de sair daquela instituição maldita, depois de olhar pela milésima vez no relógio do celular, recebo uma mensagem.

‘’Oi amiga. Meu primo que chegou hoje do exterior quer conhecer a noite da capital, vamos com a gente? Mas dessa vez é para se divertir viu, nada de caçar!’’

Era tudo o que eu precisava para terminar esse dia, quando me dei por percebido todos os alunos já tinham saído da sala, restou apenas um no fundo da sala guardando seu material. Um rapaz introspectivo que não sabia se defender das chacotas dos outros colegas, porém tinha muito talento.

-Ei Vitor, vamos embora. Exclamei para ele.

Ele olhou para mim assustado, pegou suas coisas e saiu correndo, não disse uma palavra.
-Esse garoto um dia vai matar todos nós. Disse para mim mesma.

Horas depois já estávamos dentro da boate, eu com aquele meu vestido curtíssimo, não era para caçar, mas sim para deixar esses homens de boca aberta, com medo de mim, com medo da minha presença. Essa reação não aconteceu com o primo da Cláudia, ele me olhava escancaradamente, parecia fazer sexo com os olhos, tirando um raio-x de cada parte do meu corpo. Eu percebia aquilo tudo e não me importava, pois estava gostando.

-Então você é a Vivian? Perguntou ao pé do meu ouvido, ao mesmo tempo dando uma mordidinha, me arrepiei completamente.

Já estávamos bebendo, um copo aqui, outro lá, as luzes da boate apagavam e acendiam freneticamente, ele colocando bala na minha boca. Nós dois dançando sem temer ninguém, aquele suor gostoso escorria do nosso corpo.

-Vamos sair daqui, você pode me comer todinha. Disse a ele, apertando seu pau.

Pegamos um táxi rumo ao meu apartamento, já dentro do táxi ele começou a falar sacanagens, estávamos bêbados, fora de si, estava chupando-o no banco de trás. O taxista não parava de olhar.

-Vou cobrar extra se sujarem meu banco. Retrucou o português

Já na frente do prédio, não tinha equilíbrio de sair de dentro táxi, ao colocar os pés para fora, meu salto quebrou, cai no colo dele, rapidamente me pegou e fomos para o apartamento. Era selvagem, era proibido, era ilegal, aquele sexo fora dos padrões.

Ele me jogou na cama, sem medir a força rasgou minhas roupas, sem dó, sem medir o limite da consciência rasgou minhas roupas íntimas com suas próprias mãos.

-Vem aqui, disse no pé do seu ouvido.

Aquele som agudo matinal do relógio entrou em meus ouvidos e despertou meus neurônios para mais um dia naquela pífia rotina, juntamente com aquele gosto amargo de álcool na boca. Rolo durante alguns minutos na cama, pensando já no momento de voltar para casa. Vou meio cambaleando até o banheiro, o jornal de ontem está em minhas mãos. Lendo aquilo que já foi notícia de primeira página. Cheiro de merda, misturada com a realidade podre dessa minha cidade (minha vida).

Ao me olhar no espelho tentava me lembrar da noite passada, abri a torneira da pia e comecei a beber água dali mesmo, mas nada vinha à mente, apenas aquela dor de cabeça infernal, meu rosto estava todo borrado de maquiagem, nem me lembrei de como cheguei a casa, muito menos de lavar o rosto antes de dormir. A água do chuveiro escorrendo pelo ralo, levando embora as sujeiras do meu corpo, a minha vergonha e minha dignidade. Enrolo-me na toalha e ainda me sinto na lama.

-Vou deixar o dinheiro em cima da mesa, foi muito gostoso gata, vou te procurar mais tarde. Disse uma voz masculina, acompanhado com a batida da porta.

- Ai droga, ontem não era o dia. Pensei eu, já arrependida e bem antes de ver a grana.

Olhei meu vestido de ontem, estava jogado no chão e percebi que parte dele estava rasgada, minhas roupas íntimas também. Meu salto estava quebrado.

-Meu Deus, o que eu fiz ontem à noite?  Era para apenas se divertir e não sair para caçar, sua vagabunda! Pensei alto.

Arrumei o quarto de uma maneira que quando se olha, percebe-se que apenas uma pessoa dormiu ali. Mas quem consegue enganar a própria alma? Nem eu. Quem eu estava querendo enganar? Foi minha última saída. Eu não sou uma puta, mas meu emprego de professora universitária não sustentava meus luxos.

E a companhia toca. Tomará que seja o carteiro, algum pregador religioso barato, tudo o que eu menos queria naquela hora era um homem.

Abri rapidamente a porta, vamos resolver isso logo. Ele entrou rapidamente, foi direto no meu quarto. Eu fiquei olhando assustada

-Esqueci minha carteira aqui. Disse ele

E saiu rápido, me deu um beijo, só senti no vento o seu perfume.

Marcos P. S. Fachin




sexta-feira, 31 de agosto de 2012

#48


Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade
Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu
Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo
Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu
Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde, voa longe


PERMITA-SE!

Mas agora parece que

Algumas coisas mudaram

Por mais difícil ou alegre

 Que fosse seu passado

Ele sempre vai dar as pedras

 Para o seu presente

Uma luz para o seu futuro

Não force suas mudanças

Elas vêm tão naturalmente que

 Seus amigos perceberão antes que você.

Vamos nos permitir


Marcos P. S. Fachin
pppps.: tive que publicar!