quinta-feira, 28 de julho de 2011

#28


O VAI E VEM


As nuvens cobrem a estrada machucada

É lá que percorro constantemente

Conheço o fim, o início e o meio

Agora me ponho aqui definitivamente por pouco período

Os portões estavam abertos a toda hora,

Mas nenhuma trombeta foi tocada

Nenhuma pomba branca bateu asas no vento gelado

O tapete não é vermelho

Apenas vejo minhas marcas anteriores ali

As passarelas desse caminho às vezes bem iluminada

Contamina-me com uma nova alma

Uma nova freqüência

O tempo recicla, destrói

Faz nascer e morrer

Qual a oferenda agora?



Marcos P. S. Fachin 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

#27

DÉJÀ VU

Estamos naquela situação novamente

Onde nossas pernas não andam para atrás

O que está feito foi congelado pelo tempo

Resta uma última saída

Seguir em frente

Vamos rápido antes que o passado descongele

Isso já foi presenciado milhares de vezes

E ninguém percebe o inevitável

Ele sempre volta e atormenta

Quando se render

Quando não puder mais

É porque chegou a hora de morrer.

 Marcos P. S. Fachin