domingo, 30 de outubro de 2011

#36

ENEM E REUNI, UMA BREVE VISÃO

Eu nem vou me dar o trabalho de discorrer mais uma vez sobre as sequencias de falhas do processo de seleção do ENEM (segue o post http://migre.me/61FHE). Quero aqui abordar outra questão, segue:
Segundo o Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, ‘’A expansão da educação superior conta com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que tem como principal objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior.

Com o Reuni, o governo federal adotou uma série de medidas para retomar o crescimento do ensino superior público, criando condições para que as universidades federais promovam a expansão física, acadêmica e pedagógica da rede federal de educação superior. Os efeitos da iniciativa podem ser percebidos pelos expressivos números da expansão, iniciada em 2003 e com previsão de conclusão até 2012.

As ações do programa contemplam o aumento de vagas nos cursos de graduação, a ampliação da oferta de cursos noturnos, a promoção de inovações pedagógicas e o combate à evasão, entre outras metas que têm o propósito de diminuir as desigualdades sociais no país e é uma das ações que integram o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)’’.

O programa do REUNI, teoricamente não tem nada haver com o ENEM unificado, tanto é que o primeiro foi instalado muito antes do segundo, mas não é o que acontece na prática.

A proposta do ENEM unificado é basicamente proporcionar maiores acessos de estudantes de todo o Brasil a universidades federais, dessa maneira é de esperar que as mesmas estejam realmente preparadas para receber todos esses alunos. É ai que entra a ação do REUNI.

 Preparadas no âmbito de haver aumento na ampliação de bolsas estudantis, ampliação das casas dos estudantes, restaurante universitário e de outros setores acadêmicos (salas de aulas, laboratórios, aulas de campo e etc.). Olha que interessante, a ampliação das universidades está incluso no papel do REUNI, nos documentos um não tem nada haver com o outro, mas há uma dependência nítida, o que mostra que, o programa na prática foi falho.

Imagina, o carro com pneus secos sendo usados em pista molhada e quando for usar esse mesmo pneu em pista seca o resultado não será o mesmo. É isso que acontece, programas governamentais com diferentes objetivos, sendo colocado em práticas em comum acordo.

O que talvez seja normal em meios a engravatados e colarinhos brancos, quando um próprio programa governamental seja ele educacional (ou não) não consegue se sustentar com seus pilares, acaba se apoiando em outros, dessa maneira assim, o sistema começa abrir suas falhas.

 Marcos P. S. Fachin

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

#35


RASCUNHO DE MESA II

Eram 11:45 da manhã, de uma sexta-feira, a aula já havia terminado mas eu deveria cumprir horários, foi o que o coordenador do curso disse.

-Professora Vivian seja pontual com seus horários, isso é o primeiro passo para uma boa carreira dentro deste departamento.

 Eu Estava totalmente entediada, os alunos não ajudavam em nada, estavam falando entre si de se encontrarem mais tarde para beber e comemorar o fim das provas e eu lá lutando contra os ponteiros. Só queria saber de sair daquela instituição maldita, depois de olhar pela milésima vez no relógio do celular, recebo uma mensagem.
’Oi amiga. Meu primo que chegou hoje do exterior quer conhecer a noite da capital, vamos com a gente? Mas dessa vez é para se divertir viu, nada de caçar!’’

Era tudo o que eu precisava para terminar esse dia, quando me dei por percebido todos os alunos já tinham saído da sala, restou apenas um no fundo da sala guardando seu material. Um rapaz introspectivo que não sabia se defender das chacotas dos outros colegas, porém tinha muito talento.

-Ei Vitor, vamos embora. Exclamei para ele.

Ele olhou para mim assustado, pegou suas coisas e saiu correndo, não disse uma palavra.

-Esse garoto um dia vai matar todos nós. Disse para mim mesma.

Horas depois já estávamos dentro da boate, eu com aquele meu vestido curtíssimo, não era para caçar, mas sim para deixar esses homens de boca aberta, com medo de mim, com medo da minha presença. Essa reação não aconteceu com o primo da Cláudia, ele me olhava escancaradamente, parecia fazer sexo com os olhos, tirando um raio-x de cada parte do meu corpo. Eu percebia aquilo tudo e não me importava, pois estava gostando.

-Então você é a Vivian? Perguntou ao pé do meu ouvido, ao mesmo tempo dando uma mordidinha, me arrepiei completamente.

Já estávamos bebendo, um copo aqui, outro lá, as luzes da boate apagavam e acendiam freneticamente, ele colocando bala na minha boca. Nós dois dançando sem temer ninguém, aquele suor gostoso escorria do nosso corpo.

-Vamos sair daqui, você pode me comer todinha. Disse a ele, apertando seu pau.

Pegamos um táxi rumo ao meu apartamento, já dentro do táxi ele começou a falar sacanagens, estávamos bêbados, fora de si, estava chupando-o no banco de trás. O taxista não parava de olhar.

-Vou cobrar extra se sujarem meu banco. Retrucou o português

Já na frente do prédio, não tinha equilíbrio de sair de dentro táxi, ao colocar os pés para fora, meu salto quebrou, cai em seu colo, rapidamente me pegou e fomos para o apartamento. Era selvagem, era proibido, era ilegal, aquele sexo fora dos padrões.

 Me jogou na cama, sem medir a força rasgou minhas roupas, sem dó, sem medir o limite da consciência rasgou minhas roupas íntimas com suas próprias mãos.

-Vem aqui seu puto, me possua.

E o resto da história você já conhece.


Marcos P. S. Fachin

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

#34


VERSOS NOTURNOS III

Venha junto comigo

Vamos viajar um pouco

Tentar explorar um pouco nossas mentes

Deixaremos em último plano o que nos espera

Tentar explorar nossa capacidade humana

Não se preocupe com os estereótipos que andam por aí,

Vamos ser um pouco nós mesmos

E quebrar esses paradigmas

Mas talvez,

Esse medo de arriscar ainda nos prende

Em algo desconhecido

Esse medo que controla nossas palavras

Nossos atos

Que ainda nos segura de sermos um pouco mais felizes

Ao mesmo tempo surge aquela curiosidade

Naquela sensação de mergulhar

Sem saber qual o tamanho da profundidade.
 

Marcos P. S. Fachin