NAS TETAS DO SISTEMA
CAP. V
Atravessei a rua num instante gritando sem parar seu nome, me ignorava como se nem soubesse quem eu era, o segurança estava com as mãos ensangüentadas suplicando pelo socorro e olhando para Renata. Ela estava fora de controle, estava se parecendo comigo, a culpa era minha, eu tinha criado aquilo e não queria outro igual a mim seu eu tivesse que matar ela por isso, eu a matava.
Cheguei a tempo, impedi de ela arrebentar a cara do O- com a barra de ferro. Ele disse:
- Obrigado Senhor, pelo amor de Deus tire essa mulher daqui, obrigado.
- O QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO? LARGA ESSA PORRA, SOMI DAQUI! Disse a ela
Ela não entendeu nada, mas fez o que eu disse e dobrou a esquina e ficou espreitando.
Aquele segurança no auge do sofrimento suplicou agradecimentos sem parar.
- Calma, calma. Seu sofrimento está acabando, você vai ficar bem.
- Ligue para o pronto socorro, estou sangrando muito.
- Não há mais necessidades. Disse a ele.
Foi então que, rapidamente atirei no meio de sua testa, estava a um palmo dele e as solas dos meus sapatos encheram de sangue e de seu miolo infecto, podre cerebral.
- Agradeça a mim e não ao seu Deus.
Olhei para trás, Renata estava aos prantos e foi embora. Não ia mudar meus planos, dei uma pezada violenta na vitrine, o alarme disparou, policia estava a caminho e fiz o que tinha que fazer. Consegui tempo suficiente de ir embora andando, a lua estava me olhando, clareava meu caminho e me fez lembrar da Patrícia, minha deusa, meu maior pecado.
Já era tarde, cheguei em casa cheio de tranqueiras, Renata estava lá e veio dizendo:
- Me desculpa não queria estragar nada, só segui o meu instinto, eu apenas queria ajudar.
- Não fale nada, apenas tire a roupa e deite no chão.
- Como disse?
- Você quer que eu te bata? Quer na base do esporro? Eu acho que não.
Do inferno ao céu, contemplei-a tirando suas vestias lentamente, aquela lingerie branca transparente dava a prévia do que ia ocorrer, aquele mamilo rosado se destacava, seus pentelhos íntimos escurecia entre suas pernas
- Fique assim, não tire.
Deitei com ela naquele chão gelado, então coloquei sua calcinha de lado e meti incansavelmente, mas meu pensamento estava em Patrícia. As horas se passavam e estávamos lá aquecendo os corpos, suando o chão.
-Chega, vamos trabalhar. Sabe o que fazer.
Ela respondeu:
- Não para, continua, vamos vai vai ahhrrrr
- Sai de cima, agora.
Do furto, eu separei uma câmera e um computador, o resto ela foi vender na feira. Enquanto ela faturava em cima da alienação do povo eu fui em sua loja preparar tudo, coloquei a câmera em frente à cadeira e o conectei ao computador. A câmera ia ser o olho do mundo, olho que tudo vê, que tem todas as informações de cada habitante desse planeta. Somos vigiados constantemente por lentes, por todos, a internet veio para isso, para acabar com a privacidade, acabar com a vida social, mostrar o quão virtual a pessoa pode ser. O mundo é um reality show que não tem audiência, 24 horas sem comerciais. É impressionante perceber que não basta a nossa vida, queremos a vida do amigo, do namorado, vigiar, proteger, é ‘’platônico’’.
- Você de novo? Disse para aquele velho que estava ali novamente para saber da Renata.
- Meu jovem, digo o mesmo para você e o que faz aqui?
- Já disse que não sei nada sobre essa tal senhorita Renata e essa não é a questão. Disse em um tom depreciativo.
- Não? Argumentou para mim.
- Você está com sorte? Está com sorte?
Enquanto olhava para mim sem saber o sentido da pergunta, me aproximei dele e o soquei na cara até desmaiar, caiu no chão feito uma jaca. A cobaia estava pronta, liguei a câmera e comecei a filmar. O velhote estava com o rosto inchado, sua camisa branca de botão estava encharcada de sangue, comecei a gravar seu fim.
Deixei sentado na cadeira sofrendo de dor, suplicando por ajuda, seu supercílio estava cortado não parava de sangrar, o sangue marcava o lugar. Gritava, gemia, questionava o porquê disso.
- Vocês sofrem por que querem sofrer, não entendem que o sofrimento pode ser evitado?! A vida é um milagre, é uma benção, vão todos a merda. Por que acham que há sofrimento, injustiça, corrupção e mentira? Diga-me velho sabido? Vamos responda!
Ele não conseguia falar, lutava para respirar.
- Foi o que imaginei, o seu silêncio é a resposta de todos também, ninguém reclama do errado, todos aceitam a impunidade. Burros de carga, gostam de sofrer calado.
Dei um tiro no ombro do velho, ele caiu para trás junto com a cadeira e deixei que o tempo se tornasse seu assassino. A câmera ficou ligada. Quinze minutos depois, estava na rede a breve morte que o mundo engoliu.
Saí da loja como se nada tivesse acontecido, mas aquilo não era nada mesmo, voltei para casa e Renata tinha cumprido a missão.
- A policia está te procurando, as câmeras internas do comércio de eletrônicos te pegaram e agora sabe quem você é, precisa fugir, tome esse dinheiro, vá.
Ouvi muito bem o que ela disse, mas não dei muita importância, entrei, peguei meu pó e relaxei, provavelmente eles vão ligar a morte do segurança com o assalto, grande coisa!
- Até parece que é você quem vai ser presa, então não se preocupe, porque se me pegaram vão pegar você também. Você vai fazer o seguinte:
- Mosca, você não entendeu, é a Policia Federal que está te procurando e sabe por quê? Além de estar procurando você por assaltar a loja de eletrônicos, você é suspeito da morte daquele segurança, de assaltar a minha loja, do meu desaparecimento e por vender produtos roubados.
- Você também não entendeu, se me pegaram você vem junto, não tem escapatória.Vem cheirar comigo? Ri de sua cara patética.
Nada de pânico, liguei meu estereo, aumentei o volume e o som das guitarras de Steve Vai (http://migre.me/3Vlcv) entrou em meus ouvidos e enquanto isso Renata estava ficando maluca e não parava de falar.
-Meu Deus o que foi que eu fiz? Aonde fui me meter? Joguei minha vida no lixo, eu sou uma idiota!
Ela andava pra lá e pra cá sem parar e falando e falando.
-Abaixa essa merda de música, não está vendo que vamos ser presos?
Steve não queria saber de nada e mandava riffs de guitarras ensurdecedor, ela correu no stereo, desligou o som e automaticamente o rádio veio dizendo: