sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

#51


DENTRO/FORA

Naquelas idas e vindas

Tantos assuntos

Tantas pessoas

O elevador nunca para

As revistas são folheadas

Com o café para tirar a preguiça

Uns dormem escorados

Outros nas camas

Uns em cadeiras

Enquanto aqueles outros

Fumam do lado de fora

Vendo o mundo girar

Na velocidade de cada um


Marcos P. S. Fachin

terça-feira, 16 de outubro de 2012

#50


O TEMPO PODE MUDAR SUAS LEMBRANÇAS?

Foi incrível. Não me lembro a ultima vez que tinha nos visto, éramos tão crianças. Preciso parar e forçar um pouco pra lembrar o que foi vivido.

Era tudo tão inocente, puro, estranho transcrever em palavras, se fosse possível poderíamos voltar no tempo e viver tudo aquilo novamente. O que acha?! Percebi que o tempo pode apagar qualquer coisa há menos que você queira. A escolha é nossa.

 Não importa o quanto você mudou, o quanto eu mudei, as lembranças não vão se apagar. Há quanto tempo eu não te via? Não sei mesmo, mas tive que passar por isso pra nos reencontrarmos e relembrar aquilo que, de certa forma iremos carregar durante a vida.

Mas o tempo nos faz o favor de crescermos, esquecermos o passado, viver sempre o presente e seguir em frente, responsabilidades, buscando carreira profissional, ser o que um dia nossos pais sonharam. Mas a vida volta e meia nos faz lembrar novamente, do que foi vivido e quando acontece isso, dá aquela sensação de aperto no coração e relembrar de onde viemos, do que vivíamos.



Marcos P. S. Fachin

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

#49

O álbum que começa com ''parece cocaína  mas é só tristeza, talvez tua cidade muitos temores nascem do cansaço e da solidão. Descompasso e desperdício, herdeiros são agora da virtude que perdemos''

Se fiquei esperando meu amor passar
Já me basta que então, eu não sabia
Amar e me via perdido e vivendo em erro
Sem querer me machucar de novo
Por culpa do amor
Mas você e eu podemos namorar.
E era simples: ficamos fortes.
Quando se aprende a amar
O mundo passa a ser seu
Quando se aprende a amar
O mundo passa a ser seu
Sei rimar romã com travesseiro
Quero a minha nação soberana
Com espaço, nobreza e descanso.
Se fiquei esperando meu amor passar
Já me basta que estava então longe de sereno
E fiquei tanto tempo duvidando de mim
Por fazer amor fazer sentido.
Começo a ficar livre
Espero. Acho que sim.
De olhos fechados não me vejo e,
Você sorriu pra mim
"Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo,
Dai-nos a paz."





VIVIAN

Eram 11h45min da manhã, de uma sexta-feira, a aula já havia terminado, mas eu deveria cumprir horários, foi o que o coordenador do curso disse.

-Professora Vivian seja pontual com seus horários, isso é o primeiro passo para uma boa carreira dentro deste departamento.

 Eu Estava totalmente entediada, os alunos não ajudavam em nada, estavam falando entre si de se encontrarem mais tarde para beber e comemorar o fim das provas e eu lá lutando contra os ponteiros. Só queria saber de sair daquela instituição maldita, depois de olhar pela milésima vez no relógio do celular, recebo uma mensagem.

‘’Oi amiga. Meu primo que chegou hoje do exterior quer conhecer a noite da capital, vamos com a gente? Mas dessa vez é para se divertir viu, nada de caçar!’’

Era tudo o que eu precisava para terminar esse dia, quando me dei por percebido todos os alunos já tinham saído da sala, restou apenas um no fundo da sala guardando seu material. Um rapaz introspectivo que não sabia se defender das chacotas dos outros colegas, porém tinha muito talento.

-Ei Vitor, vamos embora. Exclamei para ele.

Ele olhou para mim assustado, pegou suas coisas e saiu correndo, não disse uma palavra.
-Esse garoto um dia vai matar todos nós. Disse para mim mesma.

Horas depois já estávamos dentro da boate, eu com aquele meu vestido curtíssimo, não era para caçar, mas sim para deixar esses homens de boca aberta, com medo de mim, com medo da minha presença. Essa reação não aconteceu com o primo da Cláudia, ele me olhava escancaradamente, parecia fazer sexo com os olhos, tirando um raio-x de cada parte do meu corpo. Eu percebia aquilo tudo e não me importava, pois estava gostando.

-Então você é a Vivian? Perguntou ao pé do meu ouvido, ao mesmo tempo dando uma mordidinha, me arrepiei completamente.

Já estávamos bebendo, um copo aqui, outro lá, as luzes da boate apagavam e acendiam freneticamente, ele colocando bala na minha boca. Nós dois dançando sem temer ninguém, aquele suor gostoso escorria do nosso corpo.

-Vamos sair daqui, você pode me comer todinha. Disse a ele, apertando seu pau.

Pegamos um táxi rumo ao meu apartamento, já dentro do táxi ele começou a falar sacanagens, estávamos bêbados, fora de si, estava chupando-o no banco de trás. O taxista não parava de olhar.

-Vou cobrar extra se sujarem meu banco. Retrucou o português

Já na frente do prédio, não tinha equilíbrio de sair de dentro táxi, ao colocar os pés para fora, meu salto quebrou, cai no colo dele, rapidamente me pegou e fomos para o apartamento. Era selvagem, era proibido, era ilegal, aquele sexo fora dos padrões.

Ele me jogou na cama, sem medir a força rasgou minhas roupas, sem dó, sem medir o limite da consciência rasgou minhas roupas íntimas com suas próprias mãos.

-Vem aqui, disse no pé do seu ouvido.

Aquele som agudo matinal do relógio entrou em meus ouvidos e despertou meus neurônios para mais um dia naquela pífia rotina, juntamente com aquele gosto amargo de álcool na boca. Rolo durante alguns minutos na cama, pensando já no momento de voltar para casa. Vou meio cambaleando até o banheiro, o jornal de ontem está em minhas mãos. Lendo aquilo que já foi notícia de primeira página. Cheiro de merda, misturada com a realidade podre dessa minha cidade (minha vida).

Ao me olhar no espelho tentava me lembrar da noite passada, abri a torneira da pia e comecei a beber água dali mesmo, mas nada vinha à mente, apenas aquela dor de cabeça infernal, meu rosto estava todo borrado de maquiagem, nem me lembrei de como cheguei a casa, muito menos de lavar o rosto antes de dormir. A água do chuveiro escorrendo pelo ralo, levando embora as sujeiras do meu corpo, a minha vergonha e minha dignidade. Enrolo-me na toalha e ainda me sinto na lama.

-Vou deixar o dinheiro em cima da mesa, foi muito gostoso gata, vou te procurar mais tarde. Disse uma voz masculina, acompanhado com a batida da porta.

- Ai droga, ontem não era o dia. Pensei eu, já arrependida e bem antes de ver a grana.

Olhei meu vestido de ontem, estava jogado no chão e percebi que parte dele estava rasgada, minhas roupas íntimas também. Meu salto estava quebrado.

-Meu Deus, o que eu fiz ontem à noite?  Era para apenas se divertir e não sair para caçar, sua vagabunda! Pensei alto.

Arrumei o quarto de uma maneira que quando se olha, percebe-se que apenas uma pessoa dormiu ali. Mas quem consegue enganar a própria alma? Nem eu. Quem eu estava querendo enganar? Foi minha última saída. Eu não sou uma puta, mas meu emprego de professora universitária não sustentava meus luxos.

E a companhia toca. Tomará que seja o carteiro, algum pregador religioso barato, tudo o que eu menos queria naquela hora era um homem.

Abri rapidamente a porta, vamos resolver isso logo. Ele entrou rapidamente, foi direto no meu quarto. Eu fiquei olhando assustada

-Esqueci minha carteira aqui. Disse ele

E saiu rápido, me deu um beijo, só senti no vento o seu perfume.

Marcos P. S. Fachin




sexta-feira, 31 de agosto de 2012

#48


Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade
Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu
Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo
Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu
Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz
Quando estou contigo estou em paz
Quando não estás aqui
Meu espírito se perde, voa longe


PERMITA-SE!

Mas agora parece que

Algumas coisas mudaram

Por mais difícil ou alegre

 Que fosse seu passado

Ele sempre vai dar as pedras

 Para o seu presente

Uma luz para o seu futuro

Não force suas mudanças

Elas vêm tão naturalmente que

 Seus amigos perceberão antes que você.

Vamos nos permitir


Marcos P. S. Fachin
pppps.: tive que publicar!



domingo, 29 de julho de 2012

#47



Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui
Acho que gosto de São Paulo
Gosto de São João
Gosto de São Francisco e São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas
Vai ver que é assim mesmo e vai ser assim pra sempre
Vai ficando complicado e ao mesmo tempo diferente
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Você me deixou sentindo tanto frio
Não sei mais o que dizer
Te fiz comida, velei teu sono
Fui teu amigo, te levei comigo
E me diz: pra mim o que é que ficou?
Me deixa ver como viver é bom
Não é a vida como está, e sim as coisas como são
Você não quis tentar me ajudar
Então, a culpa é de quem? A culpa é de quem?
Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes
Preciso de oxigênio, preciso ter amigos
Preciso ter dinheiro, preciso de carinho
Acho que te amava, agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas e tudo deve passar
Acho que gosto de São Paulo
E gosto de São João
Gosto de São Francisco e São Sebastião
E eu gosto de meninos e meninas






       Vamos cercar ali


Colocar uns cacos nesse muro também

Só entra convidado

E tem aqueles que entram pelas portas dos fundos

Vamos nos proteger

Dos nossos medos

Vamos vigiar tudo o que nos rodeia

Mas quem vigia os nossos pensamentos?

Quem te impede de pensar?

Contradição

Sem medo de pensar

Sem medo de agir

Quero ser quem eu sou

Ser o que sei


Marcos P. S. Fachin

segunda-feira, 18 de junho de 2012

#46


Já não sei dizer se ainda sei sentir
O meu coração já não me pertence
Já não quer mais me obedecer
Parece agora estar tão cansado quanto eu
Até pensei que era mais por não saber
Que ainda sou capaz de acreditar
Me sinto tão só
E dizem que a solidão até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser felizJá não sei dizer o que aconteceu
Se tudo que sonhei foi mesmo um
sonho meu
Se meu desejo então já se realizou
O que fazer depois
Pra onde é que eu vou?
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim
Eu vi você voltar pra mim...

Cada olho é guiado pelo o que mais atrai

O subconsciente muitas vezes comanda cada movimentação

O olhar raivoso

Tenebroso

Sem dizer qualquer palavra

O olhar puro

Que a abrilhanta cada segundo da vida

O olhar de tristeza

De mãos dadas a contradição da situação

Aquele materno

Naquele abraço do calor humano

Que  afaga na proteção

O olhar subentendido

Que esconde aquelas pensamentos incertos

Que mantem contato

Naquelas interpretações adversas

Marcos P. S. Fachin

domingo, 10 de junho de 2012

#45

MONTE CASTELO


Ainda que eu falasse 
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem.
Todos dormem. Todos dormem.
Agora vejo em parte,
Mas então veremos face a face.
É só o amor! É só o amor
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.






Nesses corredores iluminados

Algo bate no chão

Mas não há sombra alguma

Não é o frio

Que te deixa arrepiado

Que te faz sentir borboletas no estômago

É o mundo em que vivemos

Pode ser ou não a última vez

Ignore o tempo

E nunca é tarde

Para sonhar com sua realidade

Naquela preguiça

Por culpa do seu calor

Fez-me tremer

Não tente novamente sem permissão

Quero acostumar novamente

Então me impressione com aquele improviso

Eu lembro

O hoje é o dia de esquecer

Como foi o ontem

Mas a noite insiste em passar

E a luz que brilha em você no amanhã

Não me tira da cabeça

Aquilo que tentamos esquecer

Vamos deixar criar pó novamente


Marcos P. S. Fachin






quinta-feira, 31 de maio de 2012

#44

        1967 (DUAS TRIBOS)

Vou passar
Quero ver
Volta aqui
Vem você
Como foi
Nem sentiu
Se era falso
Ou fevereiro
Temos paz
Temos tempo
Chegou a hora
E agora é aqui.
Cortaram meus braços
Cortaram minhas mãos
Cortaram minhas pernas
Num dia de verão
Num dia de verão
Num dia de verão
Podia ser meu pai
Podia ser meu irmão
Não se esqueça
Temos sorte
E agora é aqui
Quando querem transformar
Dignidade em doença
Quando querem transformar
Inteligência em traição
Quando querem transformar
Estupidez em recompensa
Quando querem transformar
Esperança em maldição:
É o bem contra o mal
E você de que lado está?
Estou do lado do bem
E você de que lado está?
Estou do lado do bem.
Com a luz e com os anjos
Mataram um menino
Tinha arma de verdade
Tinha arma nenhuma
Tinha arma de brinquedo
Eu tenho autorama
Eu tenho Hanna-Barbera
Eu tenho pêra, uva e maçã
Eu tenho Guanabara
E modelos revell
O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país do futuro
O Brasil é o país
Em toda e qualquer situação
Eu quero tudo pra cima
Pra cima
Pra cima

....

        A vida é tão engraçada, há dias que vamos dormir com raiva, que aquilo não deu certo, que aquele negócio no trabalho deu errado, as pessoas não nos reconhecem e pegamos no sono com esses pensamentos. Engraçada demais porque, quando acordamos, despreguiçamos ao som do dia, a luz passando entre as janelas e isso que dá animo para seguir em frente.

      A cada dia tem seu objetivo de ser cumprido, sabemos o quão difícil são as brigas familiares, as relações entre parentes, as brigas entre os amigos e que nos esquecemos de sorrir. De dizer bom dia, de dizer boa noite a qualquer pessoa que seja e de ser um ser humano educado.

        É assim a vida, tendo suas dificuldades, a peças pregadas por elas podem ser boas ou não, quando não são, enfrente, lute, seja quem você realmente é. Viva o hoje, o amanha, seja feliz.

        Há sempre algum lugar que buscamos conforto, você pode estar passando (ou não) por isso, é algo tão especial, ter todos te recebendo, te dando carinho, atenciosos e valorizando quem você sempre foi. E o que fará por eles daqui para frente? Como irá tratar aquelas pessoas que são necessárias a sua vida e que tem dificuldades de convivência?

       Deus está presente em todas as formas positivas e que faz bem ao ser humano, permita-se a fazer o bem.


Marcos P. S. Fachin

domingo, 29 de abril de 2012

#43

EU ERA UM LOBISOMEM JUVENIL


Luz e sentido e palavra, palavra
É que o coração não pensa
Ontem faltou água
Anteontem faltou luz
Teve torcida gritando
Quando a luz voltou
Não falo como você fala
Mas vejo bem
O que você me diz
Se o mundo é mesmo
Parecido com o que vejo
Prefiro acreditar
No mundo do meu jeito
E você estava
Esperando voar
Mas como chegar
Até as nuvens
Com os pés no chão
O que sinto muitas vezes
Faz sentido e outras vezes
Não descubro um motivo
Que me explique porque é
Que não consigo ver sentido
No que sinto, que procuro
O que desejo e o que faz parte
Do meu mundo
O arco-íris tem sete cores
E fui juiz supremo
Vai, vem embora, volta
Todos têm, todos têm
Suas próprias razões
Qual foi a semente
Que você plantou?
Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei direito
O que está acontecendo
E daí, de hoje em diante
Todo dia vai ser
O dia mais importante
Se você quiser alguém
Prá ser só seu
É só não se esquecer
Eu estarei aqui
Não digo nada
Espero o vendaval passar
Por enquanto eu não sei
O que você me falou
Me fez rir e pensar
Porque estou tão preocupado
Por estar
Tão preocupado assim
Mesmo se eu cantasse
Todas as canções
Todas as canções
Todas as canções
Todas as canções do mundo
Sou bicho do mato
Mas se você quiser alguém
Prá ser só seu
É só não se esquecer
Eu estarei aqui
Ou então não terás jamais
A chave do meu coração



INFRASONHO


Alguma coisa entra em contato com a metade do meu corpo

Estou com frio e com a espinha arrepiada

O outro lado amortecido pela mesmice de sempre

De imediato parece não se misturar,

Corpos distintos com os elos da corrente em comum

Notas soam em meus ouvidos

Algo vem chegando,

Devagar

Um lado de mim se encontra com outro alguém

Os olhos dessa carcaça já começam a pesar

Ao mesmo tempo tudo se mistura

Feito um sentimento promovido pelo primeiro beijo realizado no universo

O escuro tomou conta

Imagens, objetos

Tudo rodando, vou vomitar

Aonde estou?

Marcos P. S. Fachin